Comércio Eletrônico fatura R$ 6,7 bilhões no primeiro semestre do ano de 2010

Os primeiros seis meses do ano foram aquecidos para o Comércio Eletrônico no Brasil. De acordo com dados publlicados na 22ª edição do Relatório WebShoppers elaborado pela e-bit, com o apoio da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (camara-e.net), o faturamento para o setor foi de R$ 6,7 bilhões. Esse valor representa um aumento nominal de 40% em relação ao primeiro semestre de 2009, quando registrou R$ 4,8 bilhões.

Depois de passar incólume pela Crise Mundial que afetou a economia do final de 2008 até meados de 2009, o e-Commerce vem se fortalecendo, principalmente pela retomada do crédito ao consumidor e pela maior confiança em realizar Compras Virtuais.

A entrada de novos players, a consolidação de outros e a fusão de grandes grupos de varejo, já conhecidos no mundo offline, contribuíram para alavancar a confiança neste canal, trazendo novos e-Consumidores e alavancando as cifras do setor.

A primeira metade de 2010 foi excelente em faturamento. Com certeza, a Copa do Mundo influenciou os resultados, já que as pessoas adquiriram produtos de maior valor agregado, como Televisores de tela plana (Plasma, LCD e LED). Além disso, por conta do final da redução do IPI os consumidores decidiram antecipar a compra de produtos de linha branca para aproveitar impostos ainda reduzidos. Esse fator, aliado às promoções e apelos das lojas virtuais, trouxe maior interesse ao consumidor para comprar mais pela internet nesse período.

As categorias de produtos mais vendidas no 1º semestre do e-Commerce em 2010 que compuseram o ranking dos Top Five foram:

1) Livros e assinaturas de revistas e jornais
2) Eletrodomésticos
3) Saúde, beleza e medicamentos
4) Informática
5) Eletrônicos

Já o Tíquete Médio referente às compras Online foi de R$ 379,00.

O que o e-Commerce guarda para o 2º semestre?

O ano de 2010 pode ser caracterizado como um dos mais importantes na história do comércio eletrônico brasileiro. Com a forte movimentação nos primeiros seis meses, o setor caminha a passos largos para mais um recorde de faturamento, já que, historicamente, a segunda metade do ano é geralmente mais relevante e pode representar até 55% do faturamento total do canal.

No 2º semestre de 2010, espera-se que as lojas virtuais alcancem R$ 7,6 bilhões em vendas de bens de consumo, exceto venda de automóveis e sites de leilão virtual.

Dessa forma, espera-se um faturamento de R$ 14,3 bilhões ao final de 2010, o que representaria um crescimento nominal de 35% se comparado ao resultado de 2009, quando o setor faturou cerca de R$ 10,6 bilhões. Esses números também superariam a previsão inicial feita pelo WebShoppers de R$ 13,6 bilhões, realizada na 21ª edição do WebShoppers, em março/2010.

Em 2010, o número de pessoas que fizeram pelo menos uma compra na internet deverá aumentar consideravelmente. Espera-se que o ano feche com 23 milhões de e-Consumidores. Ao final de 2009, o WebShoppers havia registrado 17,6 milhões. O número torna-se ainda mais impressionante se compararmos, por exemplo, com a última Copa do Mundo. Para se ter uma ideia, na época do mundial realizado na Alemanha, há 4 anos, éramos apenas 6 milhões de adeptos às compras on-line.

Redes Sociais no e-Commerce

De acordo com dados levantados pela e-bit, cerca de 55% dos e-Consumidores que fizeram uma compra pela Internet estimuladas por Rede Sociais são mulheres, o que pode indicar maior propensão do público feminino em ser seduzido pelas ofertas ou recomendações nesse canal.

No Comércio Eletrônico em geral, a divisão é exatamente pela metade: 50% são homens, 50% mulheres. Quando se diz respeito à idade, os compradores provenientes de Redes Sociais são, em média, 7 anos mais jovens que os compradores do mercado: 34 anos contra 41. Agora, se analisarmos as categorias preferidas dos e-Consumidores oriundos de Redes Sociais, moda e acessórios aparece em destaque, com cerca de 20% do volume transacional.

Fonte: WebShoppers – e-bit & camara-e.net - 15/08/2010